segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Modesta proposta para a superação da fome no Brasil

É com profunda tristeza que nós, nutricionistas brasileiros, bem como a população em geral, temos que lidar com o grave problema da fome.
No entanto, após longos anos de dedicação e estudo, posso afirmar que encontrei a solução necessária. É grande a quantidade de pessoas que diariamente não têm o que comer, devido à situação de miséria. Sendo assim, desenvolvi minha teoria para sua superação. Considerando que essa população não tem o que comer, e que não se tem mais lugar para o lixo gerado, acredito que o lixo daria uma boa alimentação diária.
Ao mesmo tempo em que estaria saciando a fome de milhões de brasileiros, estaríamos evitando a acumulação de lixo no meio ambiente. De acordo com um conhecido meu nos Estados Unidos, o plástico demora anos para ser digerido, saciando, assim, a população por um longo período.
Pode-se também levar em conta que o plástico não tem amidos, nem calorias; portanto, não há riscos de engordar e criar gorduras localizadas (para a felicidade das mulheres). Da mesma forma, não há açúcar no plástico, o que descarta a possibilidade de diabetes.
Há, também, o papel, o qual pode ser digerido mais facilmente, podendo, assim, ser consumido por crianças na sua fase de desenvolvimento. Mas, como outra alternativa, temos o ferro, que garante peso ideal para cada um.
Segundo minha orientadora (já que a teoria é minha tese de doutorado), essa seria a medida mais cabível ao problema de fome e de acumulação do lixo. As pessoas deixariam de comprar alimentos industrializados, causadores de muitas doenças, e passariam a consumir materiais inorgânicos, já que é possível aproveitar as embalagens para consumo.
Minhas pesquisas revelam que a população brasileira poderá ter o alimento de todo dia retirado gratuitamente dos lixões. Os lixos espalhados pelo Brasil são suficientes para sustentar a população durante 77 anos. Diz um amigo meu, sociólogo de Manaus, natural de São Paulo, que esse processo detonaria o capitalismo pelo fato de as pessoas não precisarem trabalhar, não gerando, assim, os lucros que visa o capitalismo.
Por fim, defendo que essa teoria é útil e necessária para garantir a alimentação de toda a população e, ao longo dos anos, acabar com o acúmulo do lixo, sem contar nos milhões de animais que seriam preservados pelo não consumo de carne. A biodiversidade será recuperada, considerando que não mais seriam consumidos vegetais. Assim, além de beneficiar o meio ambiente, estaríamos vivendo de uma forma muito boa, com tempo suficiente para educar nossos filhos, com alimento garantido e sem exploração e alienação.

Joseane Schabarum

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